Passada a crise que atingiu o setor imobiliário nos dois últimos anos, o mercado, aos poucos, recupera suas forças e volta a apresentar resultados expressivos. Somente nos primeiros quatro meses deste ano, mais de 7 mil unidades foram comercializadas em São Paulo, segundo pesquisa do Secovi-SP.

Para saber mais sobre como está o mercado imobiliário e as expectativas para o 2º semestre de 2018, acompanhe o que o Meu Imóvel preparou sobre o assunto.

Como estão os valores dos imóveis nos últimos meses?

Segundo pesquisa da Embraesp, o preço médio dos apartamentos novos na capital foi de R$ 8.405 em março deste ano. Em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o valor atingiu R$ 9.068, houve um decréscimo de 7,32%. Ainda, no primeiro trimestre de 2018, houve uma deflação de 2% em relação ao último trimestre de 2017.

Apesar da redução dos preços dos imóveis recém-construídos ter ocorrido desde agosto de 2017 — até fevereiro de 2018 —, em março seu valor voltou a se elevar em 1,67%. Confira a tabela de comparação dos preços dos apartamentos novos entre outubro de 2017 e março de 2018:

Preço médio do m² em São Paulo (Out/2017 – Mar/2018)*
MêsValor do m²
Outubro de 2017R$ 9.222
Novembro de 2017R$ 8.963
Dezembro de 2017R$ 8.577
Janeiro de 2018R$ 8.520
Fevereiro de 2018R$ 8.267
Março de 2018R$ 8.405

*Fonte: Embasesp (Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio)

Na média anual, o setor imobiliário paulista tem visto um decréscimo de valor desde 2014, quando atingiu a máxima de R$ 9,2 mil. Segundo o levantamento, desde 2007, o mercado estava com uma alta de preços que só foi controlada a partir de 2015 no auge da crise econômica. Confira os índices dos anos pares entre 2010 e 2018:

Preço médio do m² em São Paulo (2010 – 2018*)**
AnoValor do m²
2010R$ 5,2 mil
2012R$ 7,3 mil
2014R$ 9,2 mil
2016R$ 8,7 mil
2018R$ 8,4 mil

*Projeção para os doze meses de 2018

**Fonte: Embasesp (Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio)

Panorama atual do mercado imobiliário

Graças a constante redução de valores no mercado imobiliário brasileiro, o setor tem conseguido alavancar suas vendas, apesar de algumas quedas em determinados meses. Conforme aponta um levantamento feito pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação), no primeiro trimestre de 2018, 5.753 unidades foram comercializadas na capital.

No entanto, se comparado ao primeiro trimestre do ano anterior, apenas o mês de março fechou no azul quando houve um aumento de 80,46% nas vendas em relação a fevereiro. Os dois primeiros meses do ano tiveram decréscimo de 65,95% e 14,42%, respectivamente — cenário este que revela a instabilidade do mercado.

Apesar dos resultados serem um pouco pessimistas neste ano, ao comparar o primeiro trimestre de 2017 e o de 2018, podemos ver uma alta de 121,8% na venda de imóveis novos. Confira abaixo, os valores exatos referentes aos três primeiros meses do ano passado e do atual.

Imóveis novos comercializados em São Paulo (1º trimestre 2017 – 2018)
MêsTotal de unidades vendidas em 2017Total de unidades vendidas em 2018Variação em relação ao ano anterior
Janeiro de 20186221692172%
Fevereiro de 2018798144881,5%
Março de 201812332613111,9%

*Fonte: Secovi-SP (Sindicato da Habitação)

Vantagens de comprar apartamento neste semestre

Tendo em vista a estabilidade do mercado imobiliário, dar entrada em um novo apartamento pode ser uma boa opção no segundo semestre deste ano. Isso é possível pois vários fatores econômicos ocorridos até então contribuíram para o setor ter reaquecido suas vendas e diminuir, em partes, o preço dos imóveis.

Segundo informações do Banco Central do Brasil (BCB), o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor) acumulado no período entre julho de 2017 e junho de 2018 é de 4,39%. Tal índice, mesmo sendo impulsionado pela greve dos caminhoneiros no mês passado, é relativamente inferior aos três últimos anos quando esse valor estava acima de 5%.

Os baixos índices inflacionários também contribuíram na redução da taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) atualmente estagnada em 6,5%. Esse fator foi um dos principais responsáveis para muitos construtoras e incorporadoras reduzirem os juros e facilitarem o processo de compra de um apartamento.

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